O setor alimentício brasileiro, a exemplo do que vem ocorrendo no mundo, enfrenta uma demanda crescente por ingredientes saudáveis e sustentáveis, que se caracterizam por combinar capacitação científica, emprego de novas tecnologias emergentes e adesão das empresas do setor de alimentos.
A previsão de demanda por esses insumos é de forte aumento. No Brasil, esses componentes são majoritariamente importados devido principalmente ao nível de tecnologia aplicado às indústrias de alimentos locais e a falta de aproveitamento de subprodutos e resíduos agrícolas.
Pesquisas e inovação científica são de extrema importância para contribuir na solução de problemas existentes. Diante deste cenário, a Fapesp lançou em 2019 um edital para a criação de Núcleos de Pesquisa Orientada a Problemas no Estado de São Paulo (NPOP-SP), dentro do Programa Ciência para o Desenvolvimento. A partir deste marco, foi lançada a oportunidade de mudar a forma de se fazer pesquisa no Brasil, estreitando a relação entre as instituições de pesquisa e a indústria, que, por sua vez, tem contato direto com o consumidor.
Essa decisão se justifica pela importância do estado paulista para o setor de alimentos no Brasil, uma vez que São Paulo responde por aproximadamente um terço da produção da indústria alimentícia brasileira, sendo também o maior mercado de consumidores finais.
Assim, pela primeira vez no Brasil, propôs-se que o escopo de algumas pesquisas no setor de alimentos fosse voltado diretamente para solucionar problemas. Essa mobilização reuniu estruturas do estado, como os órgãos de fomento, universidades e institutos de pesquisa, com empresas, de modo que essas pesquisas sejam aplicadas e concentradas em encontrar soluções para as necessidades do mercado, no modelo de parceria público-privada.
Dessa forma, o Núcleo de Pesquisa Orientada a Problemas por meio da Plataforma Biotecnológica Integrada de Ingredientes Saudáveis (NPOP-PBIS) tem a missão de desenvolver ingredientes saudáveis, sustentáveis e inovadores, a partir de matérias-primas nacionais para fortalecer a competitividade da indústria alimentícia.